Você fala que vai reclamar
E também diz que não é problema seu
Basta apertar um pouco
Que já fica louco, você não percebeu
Se a vida é uma coisa má
Porque ninguém ainda desistiu?
Reclamam de barriga cheia
Pois nossa poupança nunca mais sumiu.
Do asfalto e concreto que cobrem as ruas
Até máscaras sobre as caras de bunda
Dos trens atrasados, ônibus lotados
E na conta não caiu o meu salário
E na conta não caiu o meu salário
A maioria diz querer mudar
Mas pena que é só imaginação
O fato é que há um bocado
Entre o pensamento e qualquer ação
Não se sabe se haverá
Aprendizado ou uma primeira vez
Espero o outro dar um passo
De olho no próximo final de mês
Dos cacos aos carros parados em fila
Até as imagens que imitam a vida
Dos velhos doentes, nossas confusas mentes
E na conta não caiu o meu salário
E na conta não caiu o meu salário
Metais e papéis que se fazem dinheiro
O medo dos homens de não ter emprego
Visões sujas de esperança mundana
De querer montar somente em cima de grana